segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

. Sobre Ira e Outras coisas .


Quantas loucuras uma mulher seria capaz de fazer por amor?
E pela falta dele?
Essas são questões que passearam pela minha mente esse final de semana.
Depois de uma cena extremamente chocante, pude ver com meus próprios
olhos onde pode ir a insanidade de uma mulher.
Confesso que me senti aliviada por pensar que nunca seria ou serei capaz
de qualquer coisa parecida.
Cena 1: a namorada sente ciúmes do namorado.
Cena 2: a namorada quer ir embora da festa.
Cena 3: amigas não deixam que ela vá.
Cena 4: o namorado não liga.
Cena 5: ela se tranca no carro e sai batendo nos carros estacionados.
Cena 6: ela chama atenção da festa toda
Cena 7: ela quase atropela todos e acaba com o carro
Cena 8: ela vai embora
Cena 9: ...o namorado fica inerte!
Cena 10: a festa inteira fica passada.
Cena 11: os dois vão embora juntos pra casa e provávelmente transam a noite inteira, ou pelo menos, o resto dela.

Pra que?
É muita insanidade deixar que uma só pessoa tome conta dos nossos pensamentos
Das nossas vontades, dos nossos planos, da nossa vida.
Esse é um tipo de amor destrutivo, daqueles que não destroí só a si, mas pouco a pouco o outro
Amor que sufoca, que maltrata, não é amor que valha.
Amar é pra andar ao lado, pra ser companheiro, para somar, nunca pra subtrair.
Prefiro viver de solidão do que de amor desasossegado...
Prefiro a companhia das estrelas do que de alguém que não possa compreender que o ser humano é capaz de loucuras.

Antes só, do que sem freios.
Antes vazia, do que cheia de dúvidas.
Antes feliz sem motivo aparente, do que por apenas um motivo.

Viver em função de alguém é muita permissividade para o outro.

Somos individuos. Chegamos só, e partimos só.
Sendo assim nada pode valer mais do que nós mesmos. É o princípio para amar de uma maneira um pouco melhor.

Torço para que seja possível. Não quero mais partilhar desespero, dor...

Ilustro esse post com uma passagem do livro Grande Sertão - Veredas:

"A gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesmo nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é."

Nenhum comentário:

Postar um comentário